como gerir uma equipe de pronto socorro

Como gerir uma equipe de pronto-socorro: 5 dicas de especialista

O trabalho em ambientes que envolvem emergências hospitalares é extremamente desafiador. 

De um lado o paciente, de outro, a estrutura hospitalar e ainda, de outro, um médico que realiza um trabalho desgastante, que exige concentração e autocontrole. 

É um cenário que exige atuação precisa e é muito importante saber o que fazer e o que não fazer.

Por mais preparado e estudado que o profissional seja, é importante atentar para diversas questões que não são técnicas e que exigem atenção do corpo clínico, coordenação e diretoria do hospital.

Confira este artigo algumas dicas para melhorar o ambiente, a segurança e a qualidade dos serviços prestados. Boa leitura!

1. Coordenação Presente

A coordenação exerce um papel fundamental para um bom andamento da prestação dos serviços.

De início, destacamos a necessidade de avaliação constante dos integrantes da equipe.

Trata-se de uma avaliação que envolve diversos aspectos, não somente técnicos, mas também relacionados à personalidade e comprometimento.

Além disso, a coordenação é importante para dar exemplo à equipe e para conduzir o fluxo de informação com terceiros envolvidos, como a enfermagem e diretoria do hospital.

A coordenação também tem um papel importante para divulgação das melhores práticas, aprimoramento dos protocolos e avaliação das queixas dos pacientes.

Por fim, a equipe que presta serviços médicos em pronto-socorro normalmente conta com alguns integrantes no início da carreira, que precisam de suporte técnico.

Uma boa ideia é estabelecer reuniões frequentes e preparar maneiras dinâmicas e adequadas de ouvir opiniões e de respeitar as demandas, necessidades e anseios que forem surgindo.

2. Incentivo à realização do Curso de Suporte Avançado de Vida em Cardiologia – ACLS

O “ACLS” é um curso que treina o profissional em relação a boa parte dos casos de urgência que aparecem em prontos socorros.

Uma equipe treinada é uma equipe segura, que performa melhor e leva mais segurança para os pacientes e para a diretoria do hospital.

3. Gestão de Escala Supervisionada

Normalmente a equipe conta com um assistente administrativos responsável pelo recrutamento e seleção dos médicos, acompanhamento e formação da escala, formalização a troca dos plantões, credenciamento, etc.

É importante que este profissional entenda que gerir escala não é “tapar buraco”. A escala tem que ser elaborada com inteligência alocando profissionais qualificados para o exercício de cada função.

O coordenador novamente tem papel fundamental neste ponto, pois conhecendo a equipe ele poderá orientar o gestor da escala sobre a melhores alocações e combinações de profissionais.

4. Falta de dinheiro não é desculpa!

O coordenador ou gestor da equipe deve evitar, o quanto puder, mencionar a falta de verba como desculpa para algo.

Muitos gestores dispensam, quase que automaticamente, qualquer sugestão ou demanda sob a alegação de falta de recursos, mesmo que isso não seja verdade. É uma desculpa rápida.

É mais fácil, por exemplo, sustentar que falta dinheiro para aumentar o corpo clínico, do que identificar e ajustar os motivos que levam o corpo clínico a performar mal.

5. Não fazer comparações

Em praticamente qualquer segmento do mercado ou área de atuação, fazer comparações com outros estabelecimentos do mesmo gênero é fundamental para otimizar o funcionamento e lapidar processos.

No entanto, no setor de saúde, é comum que isso não aconteça com muita frequência e, certamente, isso é um erro.

Existem várias diferenças quanto ao volume de pacientes, número de médicos, leitos disponíveis, quantidade de insumos, etc.

É razoável, no entanto, analisar os scores de satisfação e o tempo de espera, por exemplo, para ter uma referência e aprimorar a sua unidade.

6. Proporcionar um ambiente positivo

Por fim, outra coisa que você deve fazer em um pronto-socorro é proporcionar um ambiente leve para médicos e pacientes.

Caso você não consiga, correrá o risco de contar com um corpo clínico que “não veste a camisa”, o que gera faltas, furos na escala e baixa produtividade.

Oportunize que a equipe tenha recursos para minimizar seus erros e melhorar a sua performance, com atrativos como horários reduzidos (plantões de 6h), local de descanso, sala de alimentação, pagamento regular, bom relacionamento com a enfermagem.

Se ainda assim uma pessoa não se adequar e tumultuar o espaço, talvez seja a hora de deixá-la partir.

Como você pôde ver, é possível criar um ambiente favorável para o trabalho dos médicos, mesmo em um local potencialmente estressante e cansativo como um pronto-socorro.

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