Erro médico: Conheça alguns riscos da profissão médica e veja como evitá-los
A medicina é, sem dúvida, uma das especialidades mais prestigiadas socialmente.
A carreira demanda muito esforço e dedicação dos profissionais.
Porém, por trás dos jalecos e das tramas fantasiosas trazidas pelas séries americanas, essa também é uma das profissões mais duras.
O exercício da medicina engloba riscos altos — afinal, trata-se de um trabalho que lida com a saúde e com a vida de pessoas constantemente.
São muitos os riscos, que vão desde a saúde mental do médico até repercussões jurídicas do seu trabalho.
Na sequência, falaremos sobre o erro médico e os riscos da prática médica, assim como vamos explicar as melhores maneiras de evitá-los.
Preparado?
Ocorrência de um erro médico
O erro médico é um dos maiores riscos enfrentados por profissionais da área da saúde, pois, além de ser potencialmente prejudicial para o paciente, pode gerar processos judiciais, indenizações, impactar no registro do médico junto ao Conselho Regional de Medicina e até mesmo ter reflexo penal.
Ele é caracterizado por uma falha do exercício da medicina que tenha causado algum dano ou prejuízo para o paciente.
O erro pode ocorrer em razão de:
- Negligência: relapso por parte do médico, por falta de cuidado ou atenção na realização de um procedimento;
- Imperícia: médico sem capacidade plena para desempenhar determinado procedimento o executa, gerando algum problema;
- Imprudência: quando um médico decide realizar um procedimento, por exemplo, de maneira precipitada, ou porque o paciente não tem condições de enfrentá-lo, ou por se tratar de um procedimento ainda sem respaldo científico.
É importante ressaltar que, no âmbito do direito civil, o trabalho de um médico é caracterizado como uma obrigação de meio e não como uma obrigação de resultado.
Isso significa que, na prática, cabe ao médico a obrigação de se empenhar ao máximo, utilizando todas as ferramentas e as soluções que estiverem ao seu alcance para que o resultado seja o melhor possível.
Porém, mesmo com todo o apreço e cuidado durante o trabalho, o risco existe pois muitas vezes há um desalinhamento de comunicação entre equipe médica e paciente.
Para se proteger de complicações legais ou da necessidade de pagamento de indenizações do erro médico, recomendamos:
- Que a equipe médica se comunique sempre;
- Que a equipe médica se comunique constantemente com o paciente, sempre o alertando dos riscos relacionados aos procedimentos ou tratamento pelos quais ele será submetido;
- Que o médico contrate um seguro de responsabilidade civil.
📚 Veja também: Crimes Médicos: confira os 16 mais comuns e as penalidades aplicadas
O que acontece caso o paciente reclame o erro médico?
Como falamos acima é recorrente que o paciente fique insatisfeito com o trabalho do médico.
Em casos mais extremos, o erro médico resulta em deterioração inquestionável da saúde do paciente.
Os processos judiciais então podem se tornar frequentes.
Isso porque o código civil estabelece que é obrigação de quem cause dano repará-lo.
O médico não foge à regra.
📚 Confira: Direito do Médico: 11 direitos garantidos pelo Código de Ética Médica
O hospital, ou clínica onde foi realizado eventual procedimento que resultou em erro médico, poderão ser responsabilizados?
Sim, porque a relação com o paciente é de consumo.
A sociedade médica na qual o médico é sócio, também poderá ser responsabilizada, daí a importância de escolher sócios em que o médico confia.
Problemas emocionais
Por ser um ofício que exige muita dedicação e que envolve muitos riscos, a profissão médica muitas vezes acaba sendo muito desgastante emocionalmente para quem a exerce.
Estresse, depressão, má qualidade de sono, abuso de drogas e álcool são apenas algumas das várias repercussões negativas da profissão para quem não consegue equilibrá-la.
Para não sofrer de nenhum desses males, o ideal é que o médico sempre esteja atento aos próprios hábitos.
Prezar por uma rotina saudável, com tempo reservado para descanso e lazer, alimentação equilibrada é um desafio, mas é de suma importância.
Se a rotina for desgastante, faça terapia para minimizar o impacto que sofre com a pressão do dia a dia profissional, ainda que de forma preventiva.
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