INSS para Médicos: Guia para uma aposentadoria segura

Se você é médico e atua como profissional autônomo, provavelmente já notou que seu recolhimento do INSS é diferente dos seus colegas que atuam como CLT.

Os médicos com carteira assinada não precisam fazer tantos cálculos e recebem seu salário após a dedução do valor do INSS.

Já os médicos PJ precisam lembrar de pagar suas contribuições previdenciárias mês a mês.

E para isso, é importante ficar atento ao teto de contribuição, à base de cálculo dos valores e às alíquotas.

Ou seja, quando o assunto é recolhimento de INSS, fica claro que o médico autônomo precisa lidar com mais detalhes e ficar de olho nas cifras para evitar erros de contribuição. 

Mas, fique tranquilo(a)!

Neste artigo, exploramos os detalhes para ajudar você a manter seu recolhimento de INSS para médicos em dia e sem nenhum tipo de inconsistência. 

Também, vamos discutir alternativas ao INSS para você ter uma aposentadoria compatível com o seu padrão de vida enquanto médico.

Acompanhe:

O que é o INSS?

O  Instituto Nacional do Seguro Social – popularmente conhecido como INSS – é um órgão do governo federal brasileiro responsável por gerenciar a Previdência Social no país. 

Por sua vez, a previdência é um dos tripés da seguridade social, junto com a saúde (SUS) e os órgãos de assistência social.

O papel da previdência é garantir suporte financeiro para os cidadãos brasileiros em diversos casos, dentre eles a aposentadoria, o auxílio doença e as pensões por morte.

Entretanto, para ter acesso aos benefícios, os trabalhadores, incluindo os médicos autônomos, precisam contribuir mensalmente com uma parte do seu salário para o INSS.

Essas contribuições são calculadas com base na remuneração do trabalhador e servem como uma espécie de “poupança”, garantindo uma renda futura.

O valor de contribuição mensal aumenta proporcionalmente à renda do profissional, mas tem um teto, fixado em R$7.786,02. 

Este é o valor máximo sobre o qual as contribuições previdenciárias são calculadas e os benefícios são pagos. 

Isso significa que mesmo que você  tenha uma remuneração superior, as contribuições e benefícios recebidos estarão limitados a essa quantia. 

No caso dos médicos, o recolhimento do INSS pode ser obrigatório, opcional ou pode vir de dois modelos de trabalho diferentes.

Tudo vai depender da forma como a relação de trabalho é estabelecida. 

Como funciona o recolhimento de INSS para médicos?

O recolhimento do INSS para médicos varia de acordo com a forma como o profissional trabalha. 

Então, vamos começar listando as opções disponíveis:

1. Médico autônomo com pessoa jurídica;
2. Médico autônomo sem pessoa jurídica;
3. CLT;
4. Servidor público.

Médico autônomo com pessoa jurídica

No primeiro caso, a alíquota máxima de INSS é de 11%, com valor limitado em R$856,46 por mês em 2024.

A quantia é descontada pelo próprio contratante dos serviços quando é feita a emissão do RPA (Recibo de Pagamento de Autônomos).

Esta é a opção mais vantajosa em termos de economia tributária, uma vez que as alíquotas são menores. 

Entretanto, essa regra listada acima é direcionada para médicos PJ.

Médico autônomo com pessoa jurídica em sociedade

Para quem é sócio de um empreendimento médico (ou seja, para quem tem uma pessoa jurídica aberta em sociedade), a lógica é um pouco diferente.

Neste caso, a alíquota de INSS é fixa em 11%, calculada sobre o pró-labore, o chamado “salário do dono”. 

Lembre-se disso pois o valor que você recolhe para o INSS influencia diretamente no valor da sua aposentadoria. 

Ou seja, se você determinar um pró-labore “magrinho”, a contribuição será baixa, entretanto, o valor recebido via INSS após se aposentar também será baixo. 

Médico PJ é obrigado a pagar INSS?

O médico PJ não é obrigado a pagar o INSS, pois ele não é um trabalhador com vínculo empregatício. 

Se optar por receber pró-labore, será responsável pelo recolhimento mensal das contribuições ao INSS, seguindo as mesmas regras aplicáveis a outros trabalhadores com carteira assinada. 

No entanto, se ele não optar por receber pró-labore e não possuir outro tipo de rendimento sujeito à contribuição previdenciária, ele não terá a obrigação de pagar INSS.

Médico autônomo sem pessoa jurídica

A tributação para médicos que atuam como pessoa física é a mais alta e desvantajosa. 

Isso se aplica tanto ao recolhimento do imposto de renda quanto à contribuição do INSS. 

Quem é autônomo e presta serviços sem uma PJ constituída paga 20% sobre o valor recebido, limitado ao teto do INSS (que é de R$7.786,02).

Médico CLT

Médicos com carteira assinada recebem seus salários após o desconto obrigatório de INSS feito pelo contratante. 

Trata-se do famoso “desconto em folha”. 

A alíquota varia de acordo com o salário, seguindo a tabela progressiva de contribuição ao INSS, que começa em 7,5% e vai até 14%. 

Médico servidor público

No caso dos servidores públicos, o valor recolhido muda de acordo com o estatuto próprio de previdência da localidade onde ele trabalha.

Como é a contribuição para médicos com mais de um modelo de trabalho?

Se você é CLT e tem uma PJ aberta, você será obrigado a recolher INSS com desconto em folha e poderá contribuir também como pessoa jurídica. 

Porém, não são as pessoas jurídicas que ficam registradas na previdência social, mas sim indivíduos. 

Mesmo que você tenha uma pessoa jurídica funcionando e seja CLT, não é possível ultrapassar o teto de contribuição, afinal, tudo ficará registrado em seu nome.

Portanto, se você tem múltiplos empregos, fique atento ao seu planejamento financeiro e tributário para evitar que suas contribuições sejam maiores que o limite previsto em lei. 

E a previdência privada, como funciona?

A previdência privada é uma opção tanto para médicos que contribuem para o INSS quanto para aqueles que optaram por não realizar o recolhimento. 

Ou seja, ela surge como uma alternativa ou como um complemento ao INSS.

O valor mensal, bem como as regras de rendimento e o tempo de contribuição variam de acordo com o plano de previdência privada selecionado e a empresa que oferece o produto. 

Vale destacar que esse tipo de produto financeiro também oferece outros benefícios, como:

1. Assistência para sua casa;
2. Cobertura em caso de acidentes e morte acidental.

Além da previdência, você também pode escolher outros produtos do mercado financeiro que fazem esse papel de “guardião do futuro”. 

Um deles é o seguro para médicos, que indeniza o profissional em caso de problemas de saúde que o incapacite de trabalhar.

Outra alternativa são os investimentos para médicos no mercado financeiro. 

Boas opções podem oferecer rendimentos mensais atrativos e que ajudam – e muito – no momento de construir:

• Uma reserva de emergência; 
• Ou uma poupança para a aposentadoria. 

Todas as alternativas acima podem ser constituídas sem abrir mão do INSS, dessa forma, elas se apresentam como complementos estratégicos de renda para o médico. 

Por isso são recomendadas, afinal o recolhimento do INSS fica limitado no valor de R$7.786,02, que não condiz com o salário do médico enquanto está em atividade. 

Vantagens de ter um planejamento previdenciário

É sempre importante pensar no amanhã, concorda? 

Por isso, a MedAssist sempre recomenda que seja feito um planejamento previdenciário com profissionais especializados em contabilidade para médicos. 

Isso envolve mapear os valores de contribuição para o INSS, selecionar a melhor forma para recolher o tributo e, claro, escolher as melhores opções de previdência complementar. 

Todo esse cuidado é essencial pensando no seu futuro:

Aquele momento da sua vida onde você precisará de tranquilidade e estabilidade financeira para curtir seu merecido descanso após anos e anos de dedicação ao trabalho. 

Portanto, seja você CLT, servidor público ou médico PJ, não deixe de realizar um pequeno planejamento para entender qual será sua renda ao se aposentar.

Tudo isso é um plano de educação financeira de longo prazo, sendo assim, quanto antes você começar, melhor!

Confira mais algumas vantagens de ter um planejamento previdenciário:

1. Evitar imprevistos financeiros;
2. Reduzir erros no pagamento de tributos relacionados à previdência;
3. Evitar a incidência de multas por atraso;
4. Diminuir o risco de sonegação fiscal;
5. Entender como funciona o processo de solicitação de aposentadoria;
6. Deixar seu controle financeiro pessoal ainda mais assertivo. 

Quer recolher INSS da forma correta e planejar seu futuro? 

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