O que fazer depois da faculdade de Medicina? 6 caminhos + salário de recém-formado
Se você se formou ou está para se formar em Medicina e ainda não sabe exatamente o que quer fazer da vida, pode ficar sossegado.
A Medicina é uma das áreas mais bonitas – e felizmente, uma das mais versáteis.
O médico pode optar pelo caminho mais tradicional – residência médica e atendimento de pacientes –, mas também pode seguir a carreira acadêmica ou se enveredar pelos desafios de se tornar um médico empreendedor.
Inclusive, um caminho não anula o outro e é comum que médicos optem por alterar a rota de suas carreiras no decorrer da jornada.
Os caminhos são muitos e nenhuma decisão será “escrita em pedra”!
E, também felizmente, a maioria costuma dar bons frutos financeiros.
Separamos algumas opções para que você reflita o que fazer depois da faculdade de Medicina. Confira:
6 caminhos para seguir após a formação
1. Fazer plantões abrindo um CNPJ
Que tal capitalizar o seu conhecimento enquanto pensa e decide qual será o próximo passo da sua carreira?
Essa é uma das opções mais práticas para quem quer ganhar dinheiro de largada.
Muitos médicos optam por simplesmente tirar um período realizando plantões.
Assim, é possível levantar uma reserva antes de tomar uma decisão por uma residência médica, por exemplo, na qual o valor da bolsa pode não ser suficiente para se sustentar.
Nas regiões sul e sudeste, há diárias de plantão, por exemplo, que pagam mais de R$ 1.500.
O processo de abertura de CNPJ é rápido e obrigatório para realizar plantões médicos, visto que será preciso emitir uma nota fiscal para o hospital que irá contratá-lo(a).
No vídeo abaixo, explicamos 6 vantagens que a abertura do CNPJ irá garantir para toda a sua carreira médica:
2. Fazer uma residência médica
Normalmente, assim que acaba a graduação – e até mesmo antes da formatura em Medicina – os futuros médicos já estão estudando para a prova de residência médica.
Essa costuma ser a primeira e principal opção dos médicos recém-formados.
No entanto, a prova para ingressar em uma residência médica é bastante concorrida – e, se você for aprovado, o curso exige bastante dedicação.
Além de um programa de residência ter uma carga horária bem significativa, o curso oferece um valor de auxílio, como uma bolsa de estudos.
A Portaria Interministerial nº 9, de 13 de outubro de 2021, ajustou o valor mínimo da bolsa para R$4.106,09 (2024).
Regulamentada pelo Ministério da Educação (MEC), a residência médica costuma levar de dois a três anos, dependendo da especialidade escolhida.
Durante a residência alguns médicos ainda optam fazer plantões, geralmente por necessidade, visto que o valor da bolsa pode não ser suficiente.
Os programas de residência médica costumam ser mais antigos e, de certa forma, tradicionais.
E uma das principais vantagens é que, após concluir a residência médica, você já sairá com o título de especialista, requerido nas vagas de emprego para especialidades.
Veja também: Auxílio-Moradia na Residência Médica: leis e como obter
3. Fazer uma pós e prova de título
Para quem não quiser – ou não conseguir passar de imediato – fazer residência médica, existe a opção de cursar uma pós-graduação.
Assim, você pode se especializar em diferentes áreas da Medicina.
Com duração média de dois anos, o estudante pode fazer atividades de pesquisa, ensino e extensão.
Uma das principais diferenças, nesse caso, é que o estudante não precisa se dedicar exclusivamente à pós-graduação.
Para quem precisa ganhar dinheiro mais rapidamente, pode ser uma boa opção.
Ao concluir a pós, o médico terá de fazer uma prova de título – um exame teórico e prático para que o estudante se torne habilitado a exercer aquela área, mas não terá um RQE (Registro de Qualificação de Especialidade).
Cada Sociedade Brasileira de especialidade exige diferentes requisitos para acesso.
Então, é importante que o médico esteja bem atento ao edital a fim de estar ciente de todos os passos.
Os programas de pós-graduação são mais recentes se comparados com os de residência médica.
Importante: você encontrará pós-graduações pagas e públicas.
Vale pesquisar muito a respeito de cada curso e, se você quiser realmente se tornar um especialista em sua área de atuação, é preciso que a pós-graduação também tenha aulas e atividades práticas.
Por fim, para conquistar o tão esperado título de especialista, algumas especialidades exigem que o médico cumpra, em atuação, o dobro do tempo da pós antes de prestar a prova de título.
Ou seja: se você fizer uma pós-graduação de três anos em Dermatologia, ainda precisará de mais três anos de atuação na área para estar apto a prestar o teste de titulação.
4. Seguir a carreira acadêmica
O estudante de Medicina pode decidir, desde o início da graduação, ir pelo caminho da área acadêmica.
Para isso, ele precisa, após a graduação, optar por um curso de mestrado, de doutorado ou por uma especialização.
Médicos que se interessam pela área acadêmica stricto sensu podem dar o primeiro passo com a iniciação científica, ainda durante a graduação.
A partir daí, o estudante pode se familiarizar com a área e a prática da pesquisa, atividades ligadas ao exercício acadêmico.
Além disso, o médico recém-formado pode seguir com a atuação clínica, como por exemplo, dando plantões e/ou atendimentos, e, ainda assim, perseguir uma carreira acadêmica.
Vai depender, é claro, da organização e do planejamento do tempo e da carreira de cada profissional.
Alguns médicos optam por desenvolver a pesquisa no ambiente em que já estão inseridos – tanto pela proximidade com o tema, quanto pelo conhecimento que adquirem.
Outros preferem concluir o mestrado ou o doutorado e dar aulas em faculdades e universidades de Medicina.
5. Ser um médico empresário
Uma das opções preferidas dos médicos – embora possa ser mais difícil para o recém-formado – é a de abrir um consultório para exercer a profissão.
Sozinho ou ao lado de amigos, o médico pode criar uma sociedade médica para atender pacientes em um consultório ou em uma clínica médica – e também pode gerir um corpo clínico que atua em hospitais.
Dessa forma, o médico será, de fato, um médico, exercendo a profissão que escolheu, mas também será um gestor de empresas, tarefa na qual irá atuar e precisará contratar pessoas ou empresas para auxiliá-lo.
Advogados, profissionais de TI e contadores especializados em Medicina são algumas das funções que certamente não podem faltar em um consultório ou em uma clínica médica, seja trabalhando in loco ou prestando serviços terceirizados.
Embora garanta mais autonomia sobre o próprio tempo, ser um médico empresário não é uma tarefa fácil.
O médico vai deparar com muitas tarefas novas para as quais pode não estar tecnicamente preparado.
De fato, a faculdade de Medicina não ensina nem o básico sobre administração de empresas.
Então, recomenda-se buscar um auxílio de consultoria contábil especializada, que pode auxiliar a definir o modelo de negócio, o tipo de sociedade, o regime de apuração fiscal e a sistemática de contratação de médicos.
6. Ser um empresário médico
Nesse caso, a ordem dos fatores altera o significado.
O empresário médico é diferente do médico empresário.
Isso porque o empresário médico também gere uma organização empresarial, mas não utiliza esse “lado B” para a prestação de serviços médicos.
Ainda que, claro, siga sendo médico, ele deixa essa ocupação de lado para se dedicar a outras demandas, como a área de gestão ou de administração.
Exemplo:
- Médicos que constituem operadoras de saúde;
- Criadores de grupos hospitalares ou de redes de clínicas;
- Fundadores de clínicas populares;
- Desenvolvedores de softwares das mais diversas aplicações;
- E os que se dedicam ao tratamento de pacientes utilizando novas técnicas e tecnologias.
Normalmente, esses médicos possuem interesse variado e encontram oportunidades para se dedicar a outras áreas relacionadas à saúde, mas não à assistência direta de pacientes.
Muitas dessas lacunas estão surgindo no campo da tecnologia e da inovação.
Então, se você for um médico bem ligado nas tendências, esse pode ser um caminho para você.
Onde um médico recém-formado pode trabalhar?
A primeira opção para o médico recém-formado é o plantão médico.
Esse tipo de serviço é encontrado tanto no setor público como no privado – e, geralmente, paga um bom valor.
Aos poucos, o médico pode começar a pensar em outros caminhos, como a abertura de um consultório médico.
Enquanto estiver na residência médica, o profissional dificilmente terá tempo para atuar em outros lugares – e, como explicamos, precisa se dedicar exclusivamente ao programa.
Então, esse é um bom período para economizar e para planejar, no futuro, a abertura do consultório.
Vale lembrar que tanto o médico plantonista como aquele que atua em consultório médico precisará abrir um CNPJ médico.
Isso porque a maioria dos hospitais estão optando por esse tipo de contratação.
E, para abrir um consultório, também será obrigatório que você constitua uma empresa.
Quanto ganha um médico recém-formado?
O salário de um médico recém-formado pode variar bastante conforme a região e a opção escolhida.
Em média, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), a remuneração mensal de um médico recém-formado é de R$ 7,5 mil.
No entanto, em algumas regiões, como Sul e Sudeste, esse valor pode ser bem mais alto.
Há diárias de plantão, por exemplo, que pagam mais de R$ 1.500.
Então, em uma semana, o médico superaria esse valor.
Quem opta por prestar atendimento às estratégias de saúde pública nos serviços municipais também costuma ser bem remunerado.
Tudo depende, claro, da região em que você atuará e da carga horária que irá exercer.
Veja também: Quanto um Médico Ganha por Plantão?
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