Subespecialidades da Clínica Médica: quais são e média salarial
A clínica médica é a especialidade com o maior número de profissionais no Brasil.
Ela representa, aproximadamente, 11,3% dos 321.581 médicos especialistas no país, de acordo com a Demografia Médica 2023.
Se você é um médico recém-formado ou está na reta final do curso, já deve estar se preparando para a residência médica, e a escolha da especialidade é um passo crucial.
E uma das vantagens da Medicina é a variedade de caminhos que podem ser seguidos depois da faculdade.
Optar pela residência em clínica médica, por exemplo, abre portas para diversas subespecialidades, como a Oncologia e a Cardiologia.
Neste artigo, exploramos quais são as principais subespecialidades da clínica médica, ajudando você a decidir qual caminho seguir na sua carreira.
Além das descrições, trazemos estimativas de salários nessas subespecialidades para médicos que atuam no regime CLT, com a possibilidade de valores ainda maiores ao atuar como PJ.
11 subespecialidades mais comuns da clínica médica
1. Oncologia
A Oncologia é a área da medicina que trata do diagnóstico e do tratamento de tumores e de cânceres.
Se você optar por essa área, poderá se especializar em tipos específicos de câncer ou em métodos de tratamento.
Por exemplo, você pode ser especialista em câncer de mama ou atuar como oncologista pediátrico, atendendo apenas crianças.
Depois da residência em clínica médica, é necessário cursar a residência em Oncologia, que dura três anos.
Se quiser se especializar ainda mais, pode ser necessário fazer mais algum curso.
A média salarial de um oncologista no Brasil é de R$12 mil, podendo variar entre R$9 mil e R$20 mil, de acordo com o Glassdoor.
Porém, sabemos que ao atuar como médico PJ, as possibilidades de ganhos são muito maiores.
2. Cardiologia
Para se tornar cardiologista – profissional que estuda as patologias do coração e do sistema circulatório –, você precisará fazer mais dois anos de residência em Cardiologia depois da Clínica Médica.
Assim como na Oncologia, você pode se especializar em tipos de tratamentos, na análise de exames minuciosos ou em tipos de cardiologia, como a intervencionista ou a preventiva.
Normalmente, o recém-formado começa ganhando R$8 mil – e pode vir a ganhar R$20 mil ou mais, de acordo com o Vagas.com.
3. Endocrinologia e Metabologia
Para se tornar endocrinologista e metabologista, é preciso cursar residência médica de dois anos, depois da residência em Clínica Médica.
O profissional dessa área trata patologias do sistema endócrino e doenças relacionadas ao metabolismo.
Ele pode ainda se especializar no tratamento de crianças, em diabetes, em endocrinologia reprodutiva e infertilidade, em neuroendocrinologia e muitas outras áreas.
Em média, o endocrinologista ganha cerca de R$6,5 mil em uma jornada de trabalho de 18 horas semanais, de acordo com o Salario.com.
4. Gastroenterologia
Depois da residência em Clínica Médica, o médico que quiser ser gastroenterologista – responsável pelos cuidados do sistema digestivo – precisa cursar mais dois anos de residência em Gastroenterologia.
Com média mensal salarial de cerca de R$7,5 mil (para uma jornada semanal de 18 horas), o gastroenterologista pode escolher trabalhar com:
- Coloproctologia: tratando o intestino grosso e o canal anal.
- Hepatologia: estudar as doenças do fígado, por exemplo.
5. Pneumologia
O pneumologista é especialista no diagnóstico e no tratamento de doenças do sistema respiratório, incluindo pulmões e vias aéreas.
Depois de concluir a residência em Clínica Médica, o médico precisa estudar Pneumologia por mais dois ou três anos.
As principais doenças tratadas pelos pneumologistas são asma, pneumonia, câncer de pulmão – com apoio de um Oncologista –, tuberculose e doença pulmonar obstrutiva crônica.
A média salarial inicial deste especialista é de R$9 mil.
6. Geriatria
O geriatra é o médico especialista na saúde do idoso – uma das profissões que está em alta, devido à inversão da pirâmide etária já em curso no Brasil.
O profissional trabalha com a prevenção, o diagnóstico e o tratamento de doenças relacionadas ao envelhecimento.
Depois da residência em Clínica Médica, o médico, para se tornar geriatra, precisa estudar mais dois anos.
É possível optar pela geriatria clínica, por exemplo, ou pela geriatria focada em cuidados paliativos ou psiquiátricos.
A média salarial de um geriatria é de cerca de R$8,9 mil, podendo chegar a R$18 mil.
7. Hematologia
O hematologista é o profissional que estuda e trata doenças do sangue e órgãos e tecidos hematopoiéticos, como a medula óssea, os linfonodos (gânglios linfáticos), o baço e o fígado.
Se você tiver anemia, leucemia, linfoma ou distúrbios de coagulação, precisará se consultar com um hematologista.
Normalmente, a residência nesta área dura dois ou três anos, depois da residência médica em Clínica Médica.
O hematologista pode se especializar em hematologia pediátrica ou clínica, por exemplo, ou em transplante de medula óssea.
Um médico hematologista ganha, em média, R$8,2 mil para uma jornada de trabalho de 25 horas semanais.
8. Nefrologia
A Nefrologia é a subespecialidade clínica que faz diagnósticos e tratamentos de doenças dos rins e do sistema urinário.
As situações mais comuns são insuficiência renal, doença renal crônica, hipertensão e diálise.
Depois da residência em Clínica Médica, o médico precisa cursar mais dois anos de residência em Nefrologia.
A média salarial mensal de um nefrologista é de R$8,1 mil, podendo chegar a R$15 mil.
O nefrologista pode optar por concentrar a atuação na área da diálise e das terapias de substituição renal ou em transplantes de rim, por exemplo.
9. Medicina Intensiva
Depois da residência em Clínica Médica, o profissional que deseja se tornar intensivista faz mais dois anos de residência médica nesta área.
Ao término do curso, será especialista em pacientes em estado grave, que precisam de monitoramento intensivo.
É uma área mais estressante – e os profissionais passam bastante tempo circulando por UTIs.
A medicina intensivista pode ser focada em cuidados cardiológicos, neurológicos, pediátricos ou gerais.
O salário inicial é de cerca de R$7 mil, podendo chegar a R$17 mil.
10. Reumatologia
O médico reumatologista – especialista em doenças das articulações, dos ossos e dos músculos – ganha, em média, R$7,7 mil.
Depois da residência em Clínica Médica, o profissional precisa cursar mais dois anos de residência médica em Reumatologia.
Reumatologia pediátrica, clínica, intervencionista ou especializada em doenças autoimunes são algumas das áreas que podem ser seguidas por esse especialista.
11. Nutrologia
O especialista no diagnóstico e patologias da nutrição humana é o nutrólogo.
Depois da Clínica Médica, o profissional pode optar por mais dois anos de residência médica em Nutrologia.
Uma curiosidade: não se pode confundir a atuação do nutrólogo com a do nutricionista.
Enquanto o nutricionista foca em planejamento dietético e educação alimentar, os nutrólogos tratam de doenças relacionadas à nutrição e realizam diagnósticos médicos.
A nutrologia está mais comumente associada a cuidados esportivos, mas também pode ser clínica, pediátrica ou geriátrica.
A profissão está em alta no Brasil.
Em média, o médico nutrólogo ganha R$7,2 mil para uma jornada mensal de 20 horas.
Ressaltamos que as estimativas salariais aqui apresentadas são para médicos que atuam no regime CLT. Atuando como médico PJ, essas estimativas tendem a ser ainda maiores.
A residência em Clínica Médica como pré-requisito
A residência em Clínica Médica – um requisito importante para qualquer médico que queira seguir uma das especialidades citadas acima – dura, geralmente, dois anos.
Bastante procurada, essa especialização, por si só, permite que o médico atue em vários campos de trabalho – e, além de tudo, é essencial para atuar em uma das subespecialidades clínicas.
Vale lembrar que, quanto mais especializado for o profissional, maior costuma ser seu salário – afinal, será difícil encontrar outro médico que tenha a mesma capacidade técnica que você.
O programa de residência em Clínica Médica costuma ser de 60 horas semanais, divididas entre aulas teóricas e práticas e plantões.
O que se aprende no primeiro ano da residência em Clínica Médica?
- Anamnese;
- Exames clínicos gerais e específicos;
- Desenvolver diagnósticos;
- Interpretar exames e documentos médicos;
- Traçar as condutas mais adequadas a cada caso;
- Fisiopatologia, tratamentos de doenças e síndromes diversas;
- Solicitação de exames laboratoriais e de imagem.
O que se aprende no segundo ano da residência em Clínica Médica?
- Contato direto com os pacientes;
- Técnicas de atendimento (com supervisão de tutores e preceptores);
- Encaminhamento a outras especialidades.
Ao terminar o curso, o médico estará apto a atuar em hospitais – públicos ou privados –, consultórios, ambulatórios e clínicas médicas.
Costuma haver bastante oferta, especialmente nas capitais e nas cidades próximas a essas cidades maiores.
A residência em Clínica Médica é de acesso direto, ou seja, não exige formação prévia em outra especialidade, apenas a graduação completa em Medicina.
Veja também: Calendário de Provas de Residência Médica
Por que fazer uma subespecialidade médica?
Quanto mais especializado você for, maior será sua remuneração.
Isso é fato – alguns profissionais são tão especializados em áreas específicas que acabam conseguindo atender somente pacientes particulares.
Afinal, se o paciente precisar do melhor especialista na sua doença e tiver condições, vai aceitar pagar o valor da consulta.
Além disso, você abre o leque de oportunidades de trabalho.
Além de atuar como clínico médico, você poderá exercer a profissão na especialidade escolhida – ou optar apenas pela subespecialidade.
Uma opção que pode ser bastante vantajosa é atender no consultório médico – próprio ou dividido com outros colegas – e atuar como médico PJ em um hospital ou em uma clínica médica, fazendo plantões ou trabalhando meio turno.
A atuação como PJ permite que você trabalhe em vários lugares, sem vínculo empregatício, o que aumenta a possibilidade de diversificar a renda.
No entanto, vale ressaltar que mesmo trabalhando no regime CLT, você também pode ter um CNPJ ao mesmo tempo (e vice-versa).
O que só reforça o quanto há muitas possibilidades ao constituir uma pessoa jurídica.
Se não sabe como fazer para ter um CNPJ médico, você está no lugar certo: entre em contato com os profissionais da MedAssist.
Escolheu a sua subespecialidade médica?
Repetimos: uma das principais vantagens da Medicina é a variedade de opções de atuação.
Se você nunca quiser passar perto de uma cirurgia, por exemplo, existem várias outras possibilidades.
Para ficar ainda mais especializado, não deixe de cursar uma residência em clínica médica e de optar por uma das subespecialidades clínicas.
E, quando começar a trabalhar efetivamente, conte com a MedAssist para auxiliar você na sua gestão financeira e a pagar menos impostos, consequentemente.
A equipe da MedAssist é formada por advogados tributaristas, advogados societários e contadores experientes que atendem mais de 6 mil médicos em todo o Brasil.
Nossos profissionais estão preparados para auxiliar você em aspectos societários, contábeis e fiscais, visando o lucro da sua empresa, sempre dentro da lei.
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